A reavaliação de ativos é um meio do investidor sempre avaliar, se deve continuar com os ativos que possui ou deve trocá-los por outros, que estão apresentando melhor resultado.
A Necessidade de Avaliar Novamente
Depois de adquirir as ações, que após a análise dos dados financeiros, se mostram um investimento capaz de rentabilizar em percentual que multiplique ano a ano o capital inicial investido. O investidor deve permanecer com estes ativos por muito tempo, afinal se estamos falando em investimento, sempre nos reportamos ao longo prazo.
Mas o fato de o investidor permanecer com os ativos por muito tempo não significa que, ele não deva ignorar o que está acontecendo com a empresa, cujas ações ele adquiriu.
Reavaliação: Mudança na Diretoria
Com o passar dos anos, há trocas na parte diretiva das companhias, que podem não ter a mesma competência da anterior. Esta questão da competência dos administradores influencia na tomada de decisão sobre o investimento e, com certeza influenciou o investidor quando adquiriu as ações.
Essa nova diretoria pode não adotar a mesma forma de administração da anterior e, cometer mais erros que levem a uma perda da rentabilidade. Se estes dirigentes reduzirem efetivamente a competitividade da empresa, a ponto dela perder aquela vantagem da qual detinha quando os ativos foram adquiridos, é hora de pensar em vendê-los.
Reavaliação: Problema com o Produto Fabricado pela Empresa
A diminuição da competitividade também pode estar relacionada a outros fatores, como por exemplo, o produto fabricado já não despertar tanto interesse no consumidor.
E a empresa não foi capaz de se antecipar e buscar melhorá-lo ou produzir outro, que de fato atenda a uma mudança de comportamento do consumidor.
Reavaliação: Aquisição de Empresa Deficitária pela Empresa, cujas Ações Você Adquiriu
Outro fato que também pode ser considerado, por exemplo, é a aquisição de outra empresa que não detenha os mesmos atributos de competitividade durável, o que pode levar a um aumento de sua despesa.
Isso porque, a empresa adquirida justamente por não estar no mesmo grau diferenciado da adquirente, vai necessitar de mais dinheiro para satisfazer suas necessidades operacionais, de investimento e financeira.
Esta elevação da despesa vai tirar a rentabilidade da empresa e, consequentemente diminuir sua capacidade competitiva. O que, certamente, pode ser outro motivo para vender os ativos.
Reavaliação: Troca das Ações por Outras mais Atrativas
Além destes fatores que dizem respeito a perda de competitividade, também temos outra possibilidade. O investidor que vislumbra outra oportunidade de investimento em ações, com maior potencial de rentabilidade e que decide vender suas posições atuais, para investir em outra empresa. Com melhores taxas de retorno.
Muitas vezes não é uma decisão fácil, mas o investidor atento deve sempre comparar as taxas de retorno de seus investimentos em ações com as de outras companhias. Com o fim de fazer seu dinheiro obter a maior rentabilidade possível.
Phillip A. Fisher (autor do célebre livro: “Ações Comuns, Lucros Extraordinários”), também considera uma possibilidade de venda de ações, quando o investidor adquire ativos por um preço que não aproveitará por completo as taxas de retorno.
Isso não significa que o investidor deve se transformar em um especulador
O especulador fica todo o momento se desfazendo de seus ativos para adquirir outros mais rentáveis. Com pagamento de taxas de corretagem e imposto, que reduzem muito o seu efetivo ganho.
Quando se adquire ações, depois de todo o processo de avaliação, certamente o investidor comprará um investimento que lhe dará retorno no longo prazo. Por isso, deve sempre privilegiar estes retornos, para depois se desfazer dos ativos e investir em outra empresa com melhor competitividade.
Se assim não fizer, correrá o risco de não rentabilizar e ter prejuízo com os encargos da venda dos ativos (como acontece com muitos especuladores).
Precipitação na aquisição do ativo
Neste caso, embora o investidor tenha adquirido suas ações depois de avaliá-las pelos processos necessários. Pode ser que no ímpeto de adquiri-las com maior brevidade possível (isso é um fator psicológico que afeta muitos investidores e que pode gerar perdas), tenha se precipitado e gasto mais do que deveria.
Quando isso acontece, o investidor deve calcular o quanto o investimento está lhe rendendo, a partir do valor pago na entrada. E verificar o quanto poderia ter rentabilizado, se tivesse aguardado um momento de queda mais acentuado para aportar seu capital.
Feito isso, se chegar a conclusão que realmente pagou caro demais. Pode pensar em se desfazer desses ativos, para novamente investir com maior paciência e quando o preço estiver realmente atrativo.
Aproveitar um momento de baixa
Mas este preço atrativo não significa adivinhar o mínimo que o valor pode chegar quando houver uma baixa considerável. Vale lembrar que excelentes empresas não costumam ter desvalorização muito acentuada, então, é pouco provável que o investidor consiga um desconto tão grande.
O megainvestidor Warren Buffett cita um exemplo bastante interessante sobre o que estamos falando.
Trata-se da aquisição das ações da American Express, por uma questão interna pontual de falha na gestão que repercutiu fora da empresa.
As ações se desvalorizaram consideravelmente e Buffett, sempre atendo, pois sabia da competitividade durável da empresa. Aproveitou a “liquidação” e comprou inúmeras ações que renderam-lhe milhões de dólares no longo prazo.
Conclusão
A importância do cuidado e da análise contínua ao lidar com investimentos e aquisições. Esta abordagem sábia ressalta a necessidade de fazer uma pesquisa sólida antes de adquirir qualquer ativo, garantindo que você esteja ciente de todos os riscos e oportunidades envolvidos.
A necessidade de reavaliação após a compra. Os ativos financeiros e investimentos podem ser voláteis, sujeitos a mudanças nas condições de mercado e em seu próprio desempenho. Portanto, é fundamental monitorar de perto seu portfólio de ativos e reavaliar periodicamente a decisão de mantê-los ou vendê-los. Isso permite que os investidores ajam de forma pró-ativa e se adaptem às mudanças nas circunstâncias, maximizando seus retornos e minimizando riscos.
Em resumo, é fundamental a diligência, análise e monitoramento contínuo no mundo dos investimentos. Seguir esse princípio pode ser a chave para tomar decisões financeiras mais informadas e, em última análise, alcançar melhores resultados em seus investimentos.